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2012 - Livro Vermelho 2013

Lessingianthus constrictus (Matzenb. & Mafiol.) Dematt. CR

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 21-03-2012

Criterio: B1ab(iii)

Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Segundoinformação disponível, a espécie é rara e habita os Pampas do Rio Grande do Sul,em dois municípios, com EOO de 14,61 km². É encontrada em um local em situação de ameaça, uma vez que não está protegida por unidades de conservação. A espécie ocorre em vegetação de Restinga, habitat que vem sendoreduzido e deteriorado.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Lessingianthus constrictus (Matzenb. & Mafiol.) Dematt.;

Família: Asteraceae

Sinônimos:

  • > Vernonia constricta ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

A espécie é relacionada a L. glabratus (Less.) H. Rob., diferenciando-se desta pelos capítulos maiores e pelas brácteas involucrais com ápice caudado (Dematteis; Angulo, 2010).

Dados populacionais

Considerada uma espécie rara (Nakajima et al., 2009).

Distribuição

Ocorre no Rio Grande do Sul, nos municípios de Capão da Canoa e Tramandaí (Nakajima et al., 2009; Dematteis; Almeida, 2010).

Ecologia

Herbácea perene, heliófita, que habita a região litorânea entre Capão da Canoa e Tramandaí - RS. Fértil de dezembro a fevereiro, polinizado por insetos e dispersado pelo vento (Borges, com. pessoal).

Ameaças

1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat)
Severidade very high
Detalhes Nas últimas décadas, cerca de metade da superfície originalmente coberta com os Campos no Estado do Rio Grande do Sul foi transformada em outros tipos de cobertura vegetal. Esse processo aconteceu sem que limites tenham sido efetivamente estabelecidos e aplicados nem pelo poder público nem pela sociedade. A legislação ambiental a respeito é ainda precária e negligenciada, algumas políticas públicas têm estimulado a conversão e os Campos estão pobremente representados nos sistemas de áreas protegidas. Dados paleoecológicos e paleoambientais da região do Planalto Sul-Brasileiro relacionados a dinâmica da vegetação, do fogo e do impacto humano incluindo o uso da terra fornecem importantes informações para sua conservação e manejo. Vários registros palinológicos mostram que as áreas de campo altamente diversas são naturais, ou seja, remanescentes de uma extensa área de um período glacial e do Holoceno Inferior e Médio e não de áreas florestais do passado. A partir desse conhecimento, sugere-se que os campos devam ser protegidos e não sujeitos a florestamentos como está sendo feito no presente momento, onde vastas áreas de campo estão sendo substituídas por florestas de Pinus, Eucalyptus e Acacia. Apenas 453 km2 dos Campos Sulinos estão protegidos em unidades de conservação (SNUC) de proteção integral, o que equivale a menos de 0,5% da área total desta formação vegetal (MMA, 2000). A maior parte deste percentual está nos mosaicos de Campos e floresta com Araucária, nos Parques Nacionais dos Aparados da Serra, da Serra Geral e de São Joaquim (norte do RS e SC). Apenas a proteção legal pode efetivamente proibir a transformação dos campos naturais em áreas para agricultura ou silvicultura, prevenindo assim a perda completa da vegetação Campos (Overbeck et al., 2009).

1.1.2.2 Large-scale
Severidade very high
Detalhes Nas últimas décadas, cerca de metade da superfície originalmente coberta com os Campos no Estado do Rio Grande do Sul foi transformada em outros tipos de cobertura vegetal. Esse processo aconteceu sem que limites tenham sido efetivamente estabelecidos e aplicados nem pelo poder público nem pela sociedade. A legislação ambiental a respeito é ainda precária e negligenciada, algumas políticas públicas têm estimulado a conversão e os Campos estão pobremente representados nos sistemas de áreas protegidas. Dados paleoecológicos e paleoambientais da região do Planalto Sul-Brasileiro relacionados a dinâmica da vegetação, do fogo e do impacto humano incluindo o uso da terra fornecem importantes informações para sua conservação e manejo. Vários registros palinológicos mostram que as áreas de campo altamente diversas são naturais, ou seja, remanescentes de uma extensa área de um período glacial e do Holoceno Inferior e Médio e não de áreas florestais do passado. A partir desse conhecimento, sugere-se que os campos devam ser protegidos e não sujeitos a florestamentos como está sendo feito no presente momento, onde vastas áreas de campo estão sendo substituídas por florestas de Pinus, Eucalyptus e Acacia. Apenas 453 km2 dos Campos Sulinos estão protegidos em unidades de conservação (SNUC) de proteção integral, o que equivale a menos de 0,5% da área total desta formação vegetal (MMA, 2000). A maior parte deste percentual está nos mosaicos de Campos e floresta com Araucária, nos Parques Nacionais dos Aparados da Serra, da Serra Geral e de São Joaquim (norte do RS e SC). Apenas a proteção legal pode efetivamente proibir a transformação dos campos naturais em áreas para agricultura ou silvicultura, prevenindo assim a perda completa da vegetação Campos (Overbeck et al., 2009).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Presente na Lista de espécies da flora ameaçada de extinção do Rio Grande do Sul na categoria "Em perigo" (EN) (CONSEMA-RS, 2002).

Referências

- DEMATTEIS, M.; ANGULO, M.B. Additions to the genus Lessingianthus (Asteraceae, Vernonieae) from South America., Rodriguésia, v.61, p.233-241, 2010.

- DEMATTEIS, M.; ALMEIDA, G. Lessingianthus constrictus in Lessingianthus (Asteraceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB104845>.

- OVERBECK, G. E.; MULLER, S.C.; FIDELIS, A. ET AL. A flora dos Campos do Rio Grande do Sul. 2009. 443 p.

- NAKAJIMA, J.N.; TELES, A.M.; RITTER, M. ET AL. Asteraceae. In: GIULIETTI, A.M.; RAPINI, A.; ANDRADE, M.J.G. ET AL. Plantas Raras do Brasil. Belo Horizonte: Conservação Internacional, 2009.

- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.

Como citar

CNCFlora. Lessingianthus constrictus in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Lessingianthus constrictus>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 21/03/2012 - 14:22:17